Introdução a Bioarmonia

Quem não experimentou gerar algum conflito ao dirigir um veículo? O que acontece nesse momento? Normalmente experimentamos uma série de reações químicas e físicas. Estas reações geradoras de desequilíbrio poderiam ocasionar um verdadeiro desastre. Não é só no transito que passam estes eventos desastrosos, se estamos estressados poderemos atuar desde a sensibilidade e cargas emocionais ignorando a racionalidade que sempre está sustentada pelos valores morais, a auto-estima e o auto conhecimento. Ao ignorar a racionalidade nos colocamos em estado de emergência.
Dia-a-dia somos desafiados por algum momento indesejável, é parte do mundo moderno. O contato com a natureza é escasso, os arranha-céus limitam a expansão de horizontes e a natureza mental se oprime diante de um universo reduzido e competitivo.
No cotidiano, a vida moderna está sujeita a mudanças e toda a natureza apresenta essa constante. O I Ching, o livro da transformação, um conhecimento milenar da cultura chinesa, afirma que a única constante é a mudança. No entanto as mudanças que ocorrem na natureza são harmônicas e gradativas, como o dia que dá lugar à noite, as estações, as chuvas, até mesmo as tormentas possuem o seu ciclo de transformação.
É latente na natureza humana a ansiedade de mudar. O homem busca a mudança como uma forma de realizar-se e sentir-se novo.
Supostamente as mudanças são positivas, os resultados sempre trazem ensinamentos, mas depende da claridade e o ponto vista em que se observa e compreende-se os eventos mutantes. Estamos imersos num mundo capitalista global e sabemos que neste sistema somos desafiados a acertar o alvo, esta é a marca essencial da mudança.
A mente por natureza é um sistema equilibrado e harmônico. Esta natureza mental é o núcleo do processo de expansão e criatividade.
A mente informa o cérebro e através de partículas microscópicas carregadas de eletricidade se originam pensamentos e conjuntos de pensamentos que criam impressões e estas impressões informam o corpo celular gerando arquivos que o ser humano levará adiante na sua vida. Estes arquivos poderão durar muito tempo, pouco tempo ou simplesmente serem deletados no instante em que se produzem.
Quando você observa uma partida de xadrez, longe da corrida dos relógios, movimentos lentos, precisos e meditativos, fazem desse jogo um jogo estratégico. Nele está o objetivo que é sustentar o foco, a estratégia que você planejou deve ser cumprida e assim você poderá conhecer o sabor da vitória. Essa vitória poderá ser uma simples derrota, ou uma complexa derrota, mas oculta nela estará o sabor daquele que aperfeiçoa a estratégia.
O processo de restauração do ser passa por atuar desde a inteligência. Essa inteligência é o gerenciador mental e emocional equilibrados aperfeiçoando-se e descobrindo-se dia a dia.
Os estímulos negativos tornaram-se parte de um cotidiano que está presente na vida da maioria dos seres humanos e a absorção da negatividade é um dos maiores causadores de desequilibro emocional, sendo um embrião de doenças e enfermidades de todo tipo.
Vemos muitas pessoas em seus locais de trabalho e estas pessoas possuem diferentes ondas emocionais, podem começar o dia feliz e terminar ao revés. O que ocasiona essa mudança? Obviamente existe uma série de fatores. No entanto, o fator principal esta na capacidade de gerenciar ou não, a mente e as emoções. A partir desse gerenciamento é possível equilibrar a natureza mental e somente o equilíbrio poderá gerar a criatividade. É na criatividade que nasce a alegria. Quando brincamos, normalmente inventamos algo que nos faz rir e divertir-se, esse invento nasce de um estimulo mental puro.
Observar os desafios com claridade, gerenciar as emoções e a mente, entendendo as necessidades reais; é tão necessário como alimentar o corpo.
A visão clara e o auto conhecimento são combustíveis necessários para trilhar o caminho que sustenta o estado harmônico e criativo do ser. Com criatividade poderemos estabelecer estratégias harmônicas e solucionar os conflitos, sociais, ambientais e planetários, assim, ampliaremos a nossa produtividade em toda a sua extensão, um fator inteiro, esférico, não linear.

(por André Staehler)